agosto 13, 2020

sobre coisas importantes

não que eu acredite em radicalismos, não acredito.
mas é importante parar. parar e rever o caminho, passado, presente e mais importante o futuro que nos resta.
não há botão mágico que nos salve, que nos permita, em certa altura, carregar e começar de novo.
há uma só vida, e tem que valer a pena.
nunca será tarde, se amanhã estivermos mais felizes que ontem.

este documentário  tem esse dom, de nós mostrar cruamente os caminhos da nossa sociedade ocidental e primeiro mundista (ou não).

sejam felizes, como pessoas e com pessoas.

agosto 02, 2020

observador estupefacto

diz-nos o João Tordo:

"... um escritor é, antes de mais (ou apesar de tudo), um observador estupefacto da disfunção humana ou da membrana de isolamento que existe entre si e o mundo, entre si e os outros, entre os outros e os outros."

e é tão maravilhoso, digo eu.

junho 30, 2020

que

ainda ébrio
dois dias passados
o sabor e cheiro da tua
[libido]
nas narinas, na língua,
na cabeça,
está dentro
[da minha pele]
os poros libertam
e lembram
que estás cá

que o desejo não morra
que as palavras te façam imortal
que aquela estrela seja morada eterna
[tua]
o teu ventre almofada celeste à minha cabeça cansada

agora vou chorar


diogo zagallo miguez

junho 25, 2020

mar ciado


dei por mim a amar as palavras que não escreveste. que bom seria ler-te. ou ver-te. dares ao mundo um pouco do que sei que transportas na tua alma. acho-te egoísta, só para ti...
será que ainda abraças o mar, e com ele costuras os mais belos vestidos?
confesso!
cheguei a ter ciúmes do mar.
nem tão pouco olhaste alguma vez para mim, como eu te vi a olhar para ele.
a batalha é desigual.

junho 18, 2020

blogger

amiúde o tema reaparece, porque escrevemos em blogs, questionam uns, são desabafos, perguntam outros.

estou convencido que por cliques não é, pelos menos a maioria de nós. necessidade de desabafar, no meu caso não é. os desabafos são de outros locais, são meus.

apesar da evidente intermitência, e da insanidade latente, uso o meu espaço para lá deixar farrapos de histórias ou de notas, tinta também ela espalhada em pequenos caderninhos.

no meu caso, não há melhor resposta que as palavras daquela Isabel que admiro e me delícia , presente no subtítulo deste espaço: há um lugar forrado a seda que ampara as palavras que nos apetece dizer e os sorrisos que deixamos cair.


mas pergunto, será um pouco de vaidade intelectual ou estética? às vezes, não sempre?


folha em branco
ou
infinito de histórias