© Eugene Richards
Havia ali deleite, os olhos a brilhar, o sorriso aberto a escutar a conversa, mas sem se desfocar do prazer em mãos. O ar guloso de uma criança a comer um gelado chega à obscenidade. Tenho saudades. Hoje, como gelados, mas não chego aquela alegria. Experimentei o escorrega de água, mas não cheguei nem perto do prazer e da efusividade da criança. Tenho saudades de ser criança. Ou será que tudo tem o seu tempo? Tudo tem o seu tempo. Chamam-lhe vida. Que nostalgia me atacou. Não confundir com tristeza, é só saudade. Esta não tem que ser triste. Recordei ainda na adolescência as manhãs na esplanada do parque a ler o DN, e as tardes a ouvir música e a ler. E se o dia estava nostálgico, melhorou, pois à noite fui ver GNR. Recordar Vídeo Maria, Efectivamente, Homens Temporariamente Sós ou Morte ao Sol. A voz do Reininho já lá não vai, mas a banda toca melhor que nunca.
Ficas a aprender Mais vale nunca Nunca mais saber Mais vale nada Nunca mais beber Mais vale nunca mais crescer Agora é a doer Mais vale nunca Nunca apetecer Mais vale nada Nunca escolher Mais vale nunca mais crescer
mais vale nunca, GNR
Miguel, também vi os GNR há pouco tempo, num espectáculo da digressão dos 35 anos... Sobretudo pelo que disseste, mais uns pozinhos negativos, ficou abaixo das expectativas.
ResponderEliminarEpá pois a voz do homem já não dá. Mas a banda, a música estava excelente
Eliminar:)
Olá Isabel
Mais vale não lembrar que a felicidade que se sente em criança não volta nas mesmas cores, com a mesma força, com a mesma intensidade pura e por delapidar. Haverá outra felicidade, mais consciente de si mesma, mais batalhada, mais conseguida e com o leve travo a angustia do que não se conseguiu ou se pode simplesmente perder a qualquer instante...
ResponderEliminarCuriosamente tive uma conversa que versava sobre tudo isto há poucos dias, noites boas de conversa boa :)
Bom dia, Miguel
Olá Vi :)
EliminarConcordo a felicidade em adulto é mais consciente, quando há :)
Primeiro, as minhas desculpas pela intromissão. Prometo que me retiro já para que o programa possa seguir dentro de momentos. (smile)
ResponderEliminarVenho lê-lo desde o início deste seu blog e hoje não resisto a comentar. Fiquei a salivar pela memória dos gelados Rajá...é que sou desse tempo e, coleccionava, entusiasmada, os coloridos e estranhos bonequinhos. Lembra-se?
Gosto muito deste seu blog. Os meus parabéns!
Olá Misty :)
EliminarAqui não há disso, comentas se achas oportuno! E é claro que me lembro do Rajá :)
Aqui podes usar a segunda pessoa do singular.
Muito obrigado pelas simpáticas palavras, mesmo perdendo tempo a ler loucuras intermitentes.
É verdade essa imagem do perfil é do Fabián Pérez ou do Jack Vettriano :)
Beijinhos
Olá Miguel,
EliminarJá era leitora do teu "conta corrente"...e não só.
Há escritas que são puras e nítidas impressões digitais. A tua é, e é sempre. Conheço-a e reconheço-a, mesmo que num complexo e labiríntico mar de letras.
Ler-te nunca foi nem é uma perda de tempo. Contigo já aprendi, chorei, ri…emocionei-me, enriqueci.
E para além de tudo isso, como se tudo isso fosse pouco, temos muitos amores em comum, da poesia à pintura, ao gosto pela leitura e pela escrita (modesta, a minha), à música, etc.
Muito obrigada pela forma gentil como me recebeste. Apreciei o empréstimo do cartão VIP. (smile)
Fica um abraço
PS. Sim Miguel, eu que sei que sabes que é Fabian Perez, mas poderia ser Jack Vettriano, como sempre foi e continua a ser. (piscadela de olho)
Misty :)
EliminarNem sei o que dizer!
Explica lá isso melhor. Já lias o conta corrente e não só? O que é o não só?
Não tenho, obviamente palavras, para as palavras que escreveste.
Obrigado.
Mas fiquei com o peso de alguma responsabilidade, porque não tenho a noção do alcance do que escrevo.
Ainda bem que partilhamos tantos gostos :) só falta escreveres, para eu ler ;)
Obrigado
Grata pelas tuas palavras.
EliminarClaro que te diferencias e entre os melhores. Pela cultura diversificada e pela sensibilidade. Esta revela-te, não interessa se escreves realidades ou fantasias, pois não é possível escreveres como escreves se também não houver alma. Só boa escrita, não chega. É essa alma que me toca e emociona.
Quanto ao resto, bem…Miguel, Miguel…há muito descobri que razão tem o poeta ao afirmar que “isto anda tudo ligado”. (sorriso)
Beijo
Pois eu sou indefectível da elasticidade do tempo. portanto, mais vale tarde do que ... nunca.
ResponderEliminarGrande abraço, meu caro Bondurant.
Ilustre Impontual, não estou elástico o suficiente (ainda) para me tornar fervoroso adepto da elasticidade do tempo :)
EliminarAinda não.
Grande abraço
Penso que sim, que tudo tem o seu tempo sim, também tenho saudades de ser criança, era tudo tão mais fácil :))
ResponderEliminarSabes acho que a Vi tem razão, agora somos felizes, mas de forma diferente, ou seja, conscienciosa, logo sem a magia de criança.
Eliminar:) Olá GM
Sempre fui mais menina de Manel Cruz. E não me refiro ao sotaque em comparação ao Reininho... :)
ResponderEliminarOlá Vânia :)
EliminarPois eu naqueles tempos ouvia mais Ornatos que GNR, e ouvia muito punk e alternativa, e grunge :)
Hoje muito mais jazz :)
Aparece!
Em parte sim...em parte não. Ainda como gelados com a mesma alegria e acho imensa piada ao Reininho...
ResponderEliminar~CC~
Eu também como gelados CC, e com alegria, mas não se compara a uma criança :)
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