Idyll
Tamara de Lempicka
As manhãs de Junho, ainda com nevoeiro, cheiram a mar, trazem calor em raios finos de sol, abrem mentes e despertam sentimentos. São dias de amar. Foi num agarrar destas manhãs, que gritam vida, que Lenita enviou a seguinte mensagem a João. "Hoje vamos fazer amor. Ao fim do dia passeio na praia, depois jantar. Amo-te. Beijos". João conduzia, contemplando o sol que nasce do lado de lá da serra, à direita, e à esquerda, o nevoeiro cerrado que tapava o mar. Muitas vezes falava com deus, como se um amigo mortal o acompanhasse à pendura. Quando parou o carro, leu a mensagem, e sorriu.
O dia foi rodopiando, e João deu por si, na pausa do cigarro, a sonhar com as curvas generosas de Lenita, os seus gemidos e carinhos de luxúria.
[...]
Arregaçaram as calças, sentiram o conforto dos pés molhados e da areia mole. Ela deu-lhe a mão. Caminharam, lentos e unidos. O pôr-do-sol é a hora que nascem os amores. Lenita sabe disso. O frio da água temperado com o quente dos corações, o silêncio cúmplice, e o lento dormir do sol, eram tudo o que Lenita tinha encomendado.
[...]
O jantar foi muito agradável. O peixe grelhado embalou conversas sobre gostos pessoais, música e pintura primeiro. O outro lado do peixe, bem grelhado, levou-os em viagens feitas e por fazer. O último copo de vinho, branco caro, entornou em literatura, em toques escondidos debaixo da mesa, e a mão dada com amor.
[...]
Em casa, na varanda, um beijo, olhares lascivos ritmados em álcool e fumo. O diálogo manteve a afinidade, e a volúpia.
[...]
Na cama, Lenita deu-lhe a mão e suspirou. João, com todos os sentidos despertos, alvitrou:
- pensei que íamos fazer amor!
- oh João! Não temos feito outra coisa desde o fim do dia! Vou dormir e sonhar contigo.
[...]
João fechou os olhos, e sorriu, como que assimilando a lição de Lenita. Demorou- se no sono, e lembrou-se das palavras de Manel Mau-Tempo, para a acordar com um beijo de manhã.
Malmequeres de um branco muito leitoso, com estames de amarelo-vivo, coroavam a cabeça pousada aos pés de um salgueiro. Aproximei-me dos lábios purpúreos e vulneráveis, julgando-a ensopada na morte. O pescoço de porcelana pintado de veias finas, pulsava levemente, ritmado com o voo das libelinhas azul-eléctrico.
Tudo o q é romance, è gracioso! :)
ResponderEliminarTenho de encomendar um... ! :D
Continuo acreditar que quando amamos nem tudo é improviso, se nos dermos muito pode ser planeado, encomendado :) e ser bom tal e qual como um improviso!
EliminarEu amo o amor! :) e e e e adoro o romance!!!
EliminarEstou recpetiva ... ao que passou, eee ao novo! :D
Ou seja, estou a imaginar me a pedir festa...lol.
:))))
EliminarMuito bem é esse o espírito de se pede!
Acontece, quando tiver que acontecer! :))
EliminarQue não se duvide que acontece! Às vezes acontece e nós não vimos :)
EliminarPor isso olho aberto Flor!
Vou ver se provoco qualquer acontecimento! :)
EliminarComo quem nã quer a coisa! :))
Sou tímida. :)))
Obrigada, mais uma vez pela simpatia, Miguel! :)
EliminarQue lindo!
ResponderEliminarO amor está mesmo presente nos pequenos detalhes que transformam-se em grandes momentos de prazer.
Beijos, Miguel! ;)
Obrigado Helena
EliminarÉ verdade, os detalhes as pessoas não prestam atenção aos detalhes!
Beijo :)
Uau!
ResponderEliminar:) GM que exagerada!
EliminarUau! É um lacónico perfeito
E foi o que pensei do texto do MMT
Beijinhos
É isto mesmo, o AMOR.
ResponderEliminarBeijinhos, Miguel :)
É muito mais, mas é isto também :)
Eliminarbeijinhos