junho 21, 2017

Giulietta

© Rankin
Black Tuuli II, 2006



Hoje não temos mais nada só a Giulietta, mas queira aguardar, por favor. Sentei-me a imaginá-la, latina e jovem. Vi-a de preto, lasciva, libidinosa, obscena, e a redundância dos adjectivos foi crescendo em mim. A brisa da ventoinha de serviço acalmou o ímpeto interior. O salto alto, firmeza do andar, a cara dos homens perante o desfile de tamanha beleza, a certeza de quem sabe que impressiona. Uma brisa no seco do ar. Senti a sua pele, seda, o cheiro, fresco. Agora distante, espero que os meus olhos não me tenham denunciado. Vamos então? A Giulietta era branca, jovem e tinha quatro pneus novinhos, era italiana, tinha um colo agradável, e já não combina de todo comigo.

certamente que tais pensamentos decorrem do solstício, que sejas bem vindo, porque a seguir vem melhor.

4 comentários:

  1. O Verão é bem-vindo, sim, Miguel!

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    1. Isto de darem nomes de mulheres a carros :)))

      É verdade muito bem-vindo

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  2. Com o fascínio masculino por carros, surpreendente é não ter acontecido mais vezes. Perfeita desculpa, se desculpa é preciso, para descrevê-lo ou imaginá-lo como uma mulher. :)
    PS: obrigada pelo chamariz na barra aqui ao lado. ;)

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    1. Gosto de carros no seu sentido utilitário. Achei piada a este ter nome de mulher, e ser tratado como tal. Lá fiquei a imaginar :) entretanto já me explicaram que esta marca além da Giulietta tem uma Giulia :)))
      Mas já não servem aqui...

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